D. PEDRO IV – Príncipe Regente – Imperador – Rei Maçom

Maria da Glória se casaria com D. Miguel, seu tio (esperando com este matrimónio, selar um armistício entre liberais e absolutistas portugueses), D. Pedro I regressa ao Brasil e casa, em segundas núpcias, em 1829, com D. Amélia de Beauharnais (nascida em Milão em 31 de Julho de 1812, e falecida em lisboa, em 26 de Janeiro de 1873, filha de Eugénio de Beauharnais, então Vice-Rei de Itália, e da princesa Augusta Amélia, filha de Maximiano José I, rei da Baviera.

D. Miguel Jurou aceitar as condições referidas e assumiu a Regência do Reino em nome da sobrinha e sua futura esposa. Porém, aliando-se aos sectores mais conservadores da nobreza, fez-se proclamar Rei de Portugal a 23 de Julho de 1828, governando como Rei absoluto, mandando expatriar, prender e enforcar liberais. Este comportamento provocou o início das Guerras Liberais Portuguesas, uma guerra civil entre os liberais partidários de D. Pedro e os absolutistas partidários de D. Miguel.

D. Pedro I, no Brasil, viu-se assim forçado a regressar a Portugal para lutar pela Causa Liberal e pelo reconhecimento do direito da sua filha ao trono português, abdicando da Coroa Imperial do Brasil em favor de seu filho D. Pedro II que tinha apenas cinco anos de idade, em 7 de Abril de 1831.

Desembarca inicialmente na Normandia em 10 de Junho de 1831, seguindo para Inglaterra. Após conseguir os apoios financeiros necessários e organizar os liberais imigrados, chega aos Açores em 1832, onde assume a Regência de Portugal na qualidade de Duque de Bragança, e prepara uma força expedicionária para invadir Portugal e colocar a sua filha no trono.

A expedição militar chegou ao norte do país, em 8 de Julho, no que ficou conhecido como Desembarque do Mindelo, seguindo depois para o Porto, dando início a uma sangrenta guerra civil. O conflito terminou em 24 de Julho de 1834, depois da batalha de Lisboa, ganha pelo Marechal Duque da Terceira, onde os liberais derrotaram os miguelistas.

A actuação dedicada, apaixonada, persistente e corajosa de D. Pedro IV, agora Duque de Bragança, na experiência liberal portuguesa, assinala o início do Portugal contemporâneo: mal ou bem, melhor ou pior, o possível Portugal contemporâneo e europeu principiou aí.

A convenção de Évora Monte põe fim a esta cruel guerra civil, determina o regresso de D. Maria II à Coroa Portuguesa e exila D. Miguel, o rei absoluto, para a Alemanha. As Cortes de Agosto de 1834 confirmam a regência do Duque Bragança, que repõe a filha no Trono Português.

Durante as Guerras Liberais, o duque de Bragança adquiriu a tuberculosa, vindo a falecer em 24 de Setembro de 1834, no Palácio de Queluz, no mesmo quarto e na mesma cama onde nascera 35 anos antes.

Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na igreja de S. Vicente de Fora em Lisboa.

O seu coração foi doado, por decisão testamentária, à igreja da Lapa, no Porto, onde se encontra conservado como relíquia, num mausoléu na capela-mor da igreja.

Em 1972, os despojos do Duque de Bragança – D. Pedro I, 1° Imperador brasileiro e D. Pedro IV, 29° Rei Português, cognominado de “ Rei-Soldado”, “ Rex-Imperador” e “ Rei- Libertador” no Brasil, em Portugal e nas demais Cortes da Europa, foram transladados do Panteão de S. Vicente de Fora em Lisboa para a cripta do monumento do Ipiranga, em S. Paulo, no Brasil.

Texto elaborado pela Loja D. Pedro IV (GLLP / GLRP)


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